domingo, 14 de dezembro de 2014

Israel e um exemplo tático na arena de combate eletrônica



No último 07 de dezembro (2014), a Força Aérea de Israel efetuou uma série de ataques aéreos cirúrgicos dentro da Síria, alguns deles de forma bem ousada, e as imagens de seus F-15 em plena luz do dia deixando atrás trilhas de condensação serpenteando o céu foram capturadas em vídeo e correram o mundo. 


Imagem do céu sírio no 7 de dezembro (2014), 
as trilhas de condensação à direita são dos dois F-15 israelenses, 
os rastros à esquerda são de mísseis Buk.

De acordo com relatos, Uma esquadrilha de F-15 entrou no espaço aéreo sírio naquele dia as 16:00 h (horário local) em grande altitude e alta velocidade em uma formatura bem aberta dividida em dois elementos, um a frente de outro mais atrás, os dois membros de cada elemento também guardavam uma considerável separação entre eles.


terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Como é voar no F-5E Tiger II "Agressor"

Para quem tem mais afinidade com a língua inglesa, a fonte original deste artigo em: 
Flying the F-5 Tiger II

Por Paco Chierici 

Jorge Canyon, The Centroid, The Six-Pack, Sperm Lake, Squares círcle, The Dong, Estes são os nomes de alguns dos esconderijos secretos dentro do maior parque aéreo nos Estados Unidos. Por 10 anos, eu tive a sorte de ser um membro de um esquadrão que voa o F-5 Tiger II como um piloto adversário, ou Bandido no VFC-13 em Fallon, Nevada . Para um piloto que ama voar (e há um número vergonhoso daqueles que não amam), a convergência do último caça realmente "pé e mão" no inventário dos EUA, numa vasta área de espaço aéreo para patrulhar (do chão a estratosfera), e um esquadrão de viciados em ACM bem intencionados, este é o lugar pelo qual os "bad boys" fazem prece para terminar quando chegar a hora de irem ao paraíso.




domingo, 16 de novembro de 2014

Tática exclusiva para o Tomcat

Matéria sobre a utilidade tática de uma característica "particular" do F-14 Tomcat para dogfights publicada no site "The Aviationist:


Um Tomcat na catapulta do convés de um porta-aviões momentos antes do lançamento, enflechamento mínimo e máxima envergadura, em segundo plano outros F-14 com enflechamento máximo que reduz significativamente as dimensões e arrasto aerodinâmico deste enorme interceptador naval.

F-14 Tomcat


Desenvolvido na década de 1960 como um avião de combate (caça) multi missão, a principal missão do F-14 Tomcat era proteger os Grupos de Batalha de Porta-aviões (CVBG) da Marinha dos EUA de eventuais ataques realizados pelos bombardeiros soviéticos armado com mísseis de cruzeiro de longo alcance.

Em uma sortida típica, a aeronave manteria uma estação de patrulha de combate aéreo localizada várias centenas de milhas do porta-aviões. As vantagens de raio de ação e permanência em patrulha do Tomcat foram alcançados graças a suas asas de geometria variável, que foram o maior desafio de engenharia no desenvolvimento do F-14, como explicado para "The Aviationist" por um leitor muito especial.


terça-feira, 4 de novembro de 2014

Exercício BVR/2 Sabre, uma analise

Por Rodney Adorno



Exercício BVR/2 Sabre (2014)



Um elemento de F-5EM retorna de uma missão do exercício BVR, 
o líder carrega um míssil IR na estação da ponta da asa direita, 
carga necessária para uma simulação mais fiel do emprego deste tipo de arma, 
já o seu ala logo atrás carrega os trilhos de lançamento do míssil BVR Derby.

Recentemente a Força Aérea Brasileira realizou o Exercício Operacional BVR2 / Sabre, na Base Aérea de Anápolis - GO, que ao contrário do que o próprio nome poderia sugerir, o exercício contou não só as unidade de caça equipadas com mísseis BVR (beyond visual range / além do alcance visual), como também outras unidade de combate e apoio, reunindo mais de 500 militares de 15 esquadrões e mais de 60 aeronaves por um período de um mês a partir do dia 18 de agosto de 2014. O exercício teve duas fazes, a primeira dedicada exclusivamente aos combates BVR com os caças apoiados pelos aviões-tanque KC-130, e AEW E-99, na segunda fase o exercício passou a utilizar operações em pacote envolvendo também  outras aeronaves ali presentes para o mesmo evento, incluindo por exemplo missões de ataque ao solo.


domingo, 12 de outubro de 2014

O que há de tão legal em voar no Exercícios Red Flag?

Esta questão foi publicado originalmente no Quora . "Red Flag" é o excercício de treinamento de aviação militar mais avançado do mundo que acontecem algumas vezes por ano nos EUA. 

Fonte original no link abaixo:
http://www.slate.com/blogs/quora/2012/12/20/military_training_what_is_it_like_to_fly_at_red_flag_exercises.html

Quem responde é Chris Kibble , ex-piloto de caça:



É provavelmente uma das atividades mais emocionantes e desafiadoras das quais você pode participar como piloto de caça. É muito exigente, mas também pode se tornar um pouco repetitivo e artificial ao longo do tempo devido a algumas limitações inerentes do espaço aéreo Nellis. Não é realmente prestigiado por si mesmo, porque você participa como um esquadrão, não como um indivíduo escolhido para participar. É mais como algo que você começa a participar por estar no esquadrão certo na hora certa. A rotatividade das unidades é baseada em vários fatores, como cronogramas, programações, etc. A atmosfera é de grandes expectativas, alta performance e de esclarecimento público entre colegas com foco em erros e as lições aprendidas.


Leia também:
Uma missão de ataque na Red Flag

Detalhe: Eu participei de várias Red Flags e exercícios semelhantes em Nellis tanto como Blue Air (Força Aérea Azul) "amigo" e Red Air (Força Aérea Vermelha) "inimigo". Estes foram todos entre 1997 e 2007, portanto algumas partes da Red Flag podem ter mudado.


domingo, 28 de setembro de 2014

Entrevista com um Viper driver


DEBRIFIM com o piloto 
KEVIN "DUCK" PERRY 


Kevin "Duck" Perry posa para foto em seu F-16 Viper


1) Voando o F-16 Fighting Falcon, especialmente em combate durante a Operação Tempestade no Deserto, é uma emoção que poucas pessoas experimentaram. O que inspirou você a se tornar um piloto de caça?

Inicialmente, eu gostei da velocidade e a emoção associada ao voo em aviões de caça. Então, durante o treinamento de piloto, eu percebi que aviões de caça, mais do que qualquer outra aeronave, são empregados ... não apenas para "voar". Voar torna-se secundário em sua mente ... você não pensa diretamente sobre sua altitude, velocidade, proa e etc. Sua principal preocupação está em seus sensores e armas. Você está usando o caça como uma ferramenta. Em outras aeronaves, como os cargueiros, a parte de voo da missão se desenvolve em torno da decolagem, cruzeiro e pouso - e isso é muito bonito. Além disso ... quando se trata da verdadeira missão da Força Aérea ... isso depende de derrubar aviões inimigos e remover a existência de objetos sobre a face da terra. Isso é realmente como você atingir as metas do interesse nacional por vias diferentes dos meios políticos ou econômicos. Em minha mente, voar um caça seria a melhor maneira de fazer parte dessa missão, e ter voos mais divertido ao mesmo tempo!


domingo, 31 de agosto de 2014

Táticas de combate na arena BVR*

*BVR - beyond visual range / além do alcance visual


F-16C da USAF dispara um míssil BVR AIM-120 AMRAAM, 
conhecido mais intimamente pelos pilotos como "Slammer".



Apresentação


Desde a infância sempre tive um grande interesse pela aviação militar por este motivo,li e assisti tudo sobre o assunto que esteve ao meu alcance, finalmente na adolescência surgiu à oportunidade experimentar um mergulho na aviação de caça através de simulações de voo de combate em computador, nesta época eu imaginava que sabia o suficiente para ser um bom caçador, e dentro do ambiente de simuladores hard core como o Falcon 4 logo percebi meu engano. A aviação de caça moderna é um ambiente muito profissional e altamente técnico que exige muito estudo e treinamento. Material sobre combate aéreo na arena visual até que é bastante vasto e abrangente, já quando o assunto de interesse envolve a ampla arena de combate BVR o tema exige uma grande e perseverante pesquisa. 
Há alguns anos encontrei este artigo sobre táticas de combate BVR de um "falconeiro" chamado Mystic-J em fóruns sobre simulação na internet, logo assumi o trabalho de tradução, e com o passar dos anos uma outra pessoa acrescentou informações sobre a utilização do Jammer a este texto, infelizmente não me recordo sobre sua fonte original, mas pode ser encontrado em inglês no link abaixo:

http://forums.eagle.ru/showthread.php?t=32019

Agora apresento aqui em meu Blog a tradução desta versão expandida. O texto é longo e um tanto repetitivo e também envolve muitos termos técnicos, mas traz alguns detalhes de táticas do mundo real aplicáveis também ao ambiente de simulação,  portanto, este artigo não é para uma simples leitura e sim um texto para estudo.  Ainda assim um engajamento BVR é muito mais complexo do que parece e este artigo mostra uma pequena parte do assunto, ele trata de táticas de esquadrilha de forma autônoma (sem a ajuda de aeronaves AEW, ou mesmo controle de terrra). A tradução está escrita em azul e minha introdução está na cor laranja.


domingo, 24 de agosto de 2014

Colômbia na Red Flag

Três missões de combate na Red Flag


Neste artigo apresento o pequeno relato de três missões executadas por pilotos da Força Aérea Colombiana no exercício Red Flag da USAF em Nellis Nevada EUA no ano de 2012.


A primeira noite


Kfir da FAC conectado ao avião tanque em um REVO noturno

A formação de quatro Kfir C-10, designada "Rocket 41", sai de sua órbita na escuridão da noite a uma altura média em velocidade quase supersônica. Eles acabaram deixando para trás seu avião-tanque no qual cada piloto encheu seus tanques externos. Não há lua. Somente a luz das estrelas iluminam o cenário em seus equipamentos de visão noturna, enquanto mantêm a sua formação visual. Os pilotos são muito experientes em ataque noturno, mas nesta noite algo está diferente. Experimentam um estresse adicional por ser sua primeira missão neste ambiente onde encontrão novas ameaças. 


domingo, 17 de agosto de 2014

Arena BVR, tamanho é documento?

Pérolas da Revista Força Aérea

Um combate BVR
F-15 X F-16




Em sua edição nº22  de 2001 a Revista Força Aérea (RFA) entrevistou o então General (Res.) Charles Chuck Horner (USAF), Horner é veterano do conflito do Vietnã que entre uma longa e progressiva carreira na USAF foi o comandante das Forças Aéreas da Coalizão na Guerra do Golfo (1990-1991), desta entrevista segue o trecho onde ele relata uma vitoriosa tática e certas nuances técnicas de um combate BVR simulado entre Fightingfalcons e Eagles. 


General Charles Chuck Horner em traje de voo afivelado no asseto ejetor de um F-15 Viper


segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Kfir X Hornet



Neste artigo apresento a tradução do relato de um combate simulado contra o CF-18 Hornet da Real Força Aérea Canadense do ponto de vista do piloto de um Kfir da Força Aérea Colombiana.


Imagem meramente ilustrativa, um F-18 Hornet dos Fuzileiros Navais dos EUA na "merge" contra um F-21 Kfir Agressor sobre o deserto de Nevada. A imagem foi manipulada (na foto  original havia um F-5 Tiger na ala do Kfir, A US Navy manteve, por alguns anos, um esquadrão de Kfirs para o papel de "adversário" (inimigo simulado) em treinamento de combate aéreo dissimilar. 


Texto original:



Red Flag

Em 21 de julho de 2012 ás 14:32 horas, na área de exercícios da Base da Força Aérea de Nellis (USAF), quatro caças Kfir com bandeira colombiana participantes da Red Flag, o exercício de guerra mais exigente do mundo, alcançaram uma identificação visual de um F-16 inimigo. Dois membros da formação ao tê-lo no campo visual do HUD, decidiram solicitar a seu líder de esquadrilha um "split" para atacar o F-16 inimigo, entretanto, neste momento o número três da formação alcançou visualmente um elemento que erroneamente identificou como inimigo e ordenou a quebra da formação tática presumindo que se tratava de uma emboscada. A oportunidade de fazer um engajamento visual e utilizar nossos mísseis IR "all aspect" desapareceu...

A ideia de não ter aproveitado um abate de uma aeronave das características de um F-16, em um exercício tão importante, deve atormentar um piloto de caça por muitos anos, neste não seria a exceção!


quarta-feira, 30 de julho de 2014

F-35 X Su-35BM


Este texto apresenta a descrição de um hipotético combate entre um elemento de caças CF-35 canadenses contra um elemento de caças Su-35BM russos, embora este possa parecer para alguns um tanto tendencioso, é baseado em considerações que e o tornam bem provável. Este é um bom exemplo de como poderão ser os combates aéreos de um futuro próximo. A fonte original deste texto está no blog do seguinte link:

http://manglermuldoon.blogspot.com.br/2013/01/canada-and-f-35.html

Habilidade de combate do F-35 
contra oponentes de geração 4,5


F-35


A combinação de fusão de sensores, tecnologia stealth, carga de mísseis (fornecida pelo bloco 4 e mísseis CUDA*), aviônicos top de linha e manobrabilidade fazem o F-35 significativamente mais letal do que qualquer caça de geração 4,5....A maioria das aeronaves servindo nas forças aéreas dos países não-ocidentais serão aeronaves de geração 4 e 4,5 pelo menos por duas décadas (com a possível exceção da China). A Russia contará apenas com 250 caças PAK FA de 5º geração. Com atrasos e aumentos de preços, Índia cortou sua ordem de FGFA (variante indiano PAK FA) de 200 para 144 aeronave. Dependendo de restrições orçamentárias, é plausível que a Rússia também será forçada a reduzir a frota de PAK FA. Os principais adversários do F-35 provavelmente estarão entre o Su-35, Su-30MK e J-10. Dos três, sem dúvida o mais capaz é o Su-35. 


quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

O primeiro Eurofighter Typhoon abatido foi vítima de um Gripen


"Kill marking" indicando um abate de Typhoon pintada na fuselagem de um MB-339 italiano*.

É claro que o abate foi simulado, mas rouba um pouco da atenção do grande e poderoso Typhoon para o pequeno notável Gripen. Até então o Typhoon era invicto e mesmo o incrível F-22 Raptor já havia perdido para um F-16 Viper.

F-22 Raptor, o primeiro caça de 5º geração a entrar em serviço, tecnologia de ponta custo altíssimo.


F-16 Viper abate F-22 Raptor


Em fevereiro de 2007 o 94º Esquadrão de Caça da USAF operador de F-22 voou para Nellis nevada para fazer a estréia do Raptor na Red Flag. Em um dos combates daquele exercício um F-16 do 64º Grupo Tático Adversário conseguiu derrubar pela primeira vez em um ambiente de guerra simulada o primeiro caça de 5º geração a entrar em serviço, e o F-22 talvez tenha tido sua silhueta pintada na fuselagem de um Viper.