Este Blog é dedicado à aviação de combate real e virtual, focado em táticas de combate, emprego de armas e sistemas aeronáuticos.
domingo, 6 de outubro de 2013
A pintura "15 anos" do Esquadrão VF-1
Primeira parte
Desde garoto eu já manifestava aquela inquietude descrita por Francis Gary Powers, uma percepção do algo notável, místico e sublime que só os aviões possuem, aquela paixão que muitos dos que leem este texto provavelmente compartilham.
Enquanto eu crescia acumulei grande quantidade de livros e revistas sobre aviação e desenvolvi meu dom para artes no qual sempre expressei minha paixão por aviões. Outro hobbie para qual dedico meu escasso tempo livre é a simulação de voo de combate no qual logo quis aplicar a arte personalizando a aeronave de nosso esquadrão de caça virtual, recurso possível através da aplicação de arte em "skins" que é a imagem que cobre os modelos 3D dos simuladores de voo domésticos.
domingo, 25 de agosto de 2013
Táticas de combate no programa Rivest Haste
Ainda durante o conflito do Vietnã, a Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) buscou uma otimização de seu principal avião de caça naquela arena de combate tentando sanar problemas identificados nos enfrentamentos reais, como resultado emergiu o F-4E (Echo), o novo Phantom tinha entre outras coisas um canhão M-61 Vulcan agora orgânico, e um ainda rudimentar predecessor do sistema HOTAS (mãos na manete de potência e manche). O programa de melhorias conhecido como Rivest Haste também envolvia desenvolvimento do treinamento das tripulações, neste artigo trago uma tradução de um trecho do livro "Sierra Hotel - Voando caças na Força Aérea na década após o Vietnã" de C. R. Adering que trata das táticas desenvolvidas no programa.
F-4E com a camuflagem utilizada no Conflito do Vietnã
Rivet Haste
O programa que adicionava
modificações na aeronave e treinamento das tripulações aéreas em um pacote foi
apelidado de Rivest Haste, e foi um claro sinal de que a Força Aérea percebeu
como fracamente eles tinham equipado e treinado sua força de caça. O programa Rivest Haste desovou em slat, TISEO, e os modelos de F-4E, mas mais do que isto ela enfatizava a experiência e treinamento
dos pilotos. O TAC, sob a égide do Rivest
Haste, escolheu tripulações
altamente experientes, todos veteranos de combate, para formar uma força de
elite de matadores de MiGs.
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segunda-feira, 12 de agosto de 2013
Migmaster
No mundo da aviação militar para a grande maioria e
também os menos atentos o grande foco das atenções sempre são as aeronaves mais
rápidas, potentes e tecnologicamente mais sofisticadas, e algumas coisas dignas
de nota costuma passar despercebidas.
O conflito do Vietnã mostrou que o lendário F-4
Phantom fruto da filosofia então vigente de interceptador não corresponderia às
expectativas de seu desempenho e sofisticação naquele exótico cenário.
Um inteceptador como o Phantom era desenhado para decolar
e ganhar o céu tão rápido quanto possível, alcançar cinquenta a sessenta mil
pés de altitude em velocidade supersônica e então localizar e destruir os
grandes e pouco manobráveis bombardeiros estratégicos inimigos se aproximando
da área continental dos Estados Unidos ou de seus navios porta-aviões utilizando
mísseis de emprego além do alcance visual.
As deselegantes estatísticas do Phantom contra os
pequenos e manobráveis MiGs do Vietnã do norte acenderam uma luzinha vermelha
nas cabeças pensantes da comunidade de aviação de caça dos Estados Unidos. Uma
das consequências disso foi o "Projeto Barão Vermelho III" como ficou
conhecido um extensivo trabalho de análise dos encontros aéreos no sudeste
asiático no pós-guerra, cobrindo algumas centenas de engajamentos decisivos nos
quais aeronaves norte americanas ou nortes vietnamitas e até mesmo de ambos os
lados foram perdidas.
Entre os números do Projeto Barão Vermelho III uma
aeronave conseguiu um destaque interessante, o F-8 Crusader permitiu que seus
pilotos conseguissem abater 19 MiGs enquanto que apenas 3 F-8 foram perdidos
para aeronaves inimigas conseguindo uma razão vitória derrota de 6,3 para 1, o
melhor desempenho entre as aeronaves de combate dos EUA naquele conflito,
ganhando o carinhoso apelido de "Migmaster".
No período entre 1964 e 1969, pilotos de Crusader
abateram dezesseis MiG-17 e três MiG-21, o F-8 era armado com quatro canhões de
20 mm e
dois mísseis AIM-9 Sidewinder orientados por infravermelho. Quinze destes MiGs
foram destruídos por mísseis Sidewinder, dois MiGs foram danificados por
mísseis e então destruídos por fogo de canhão dos Crusaders. Assim apenas dois
dos dezenove MiGs abatidos pelo Crusader foram atribuídos somente aos canhões
de 20 milímetros .
O Que fez do Crusader tão excepcional?
Muitos consideram que naquela época, o Crusader era
verdadeiramente o único caça de superioridade aérea no arsenal inteiro dos EUA,
e os pilotos de Crusader da Marinha orgulhosamente referiam se a si mesmos como
"Os últimos caçadores canhoneiros". Numa época em que as aeronaves de
combate saiam de fabrica sem armas de cano em detrimento dos mísseis, a
mentalidade de interceptador e a falta de canhão destruíram o desejo de
praticar manobras de combate aéreo tanto na Força Aérea quanto na Marinha e os
canhões do Crusader fizeram toda a diferença, não como a arma mais importante,
mas a necessidade de deixar seus pilotos aptos a empregá-los.
Os canhões foram pouco utilizados no combate real, mas
o fato de os carregarem incluía em seu adestramento o treinamento em tempos de
paz que mantinham seus pilotos proficientes em manobras de combate aéreo.
Treinamento realístico de combate aéreo geralmente é
mais importante que a desempenho da aeronave em dogfight, e os pilotos de
Crusader receberam mais treinamento de combate aéreo que qualquer outro grupo
de pilotos. No geral as manobras que conduzem ao posicionamento de disparo dos
canhões, são as mesmas que colocavam seus caças dentro dos melhores parâmetros
de disparo dos mísseis Sidewinder das gerações empregadas no Vietnã.
As variáveis abordadas
pelo Projeto Barão Vermelho III incluíam o prévio tempo de voo dos pilotos, sua
experiência de combate, nível de treinamento ACM, idade e posição na formação
no momento do engajamento. Os resultados do estudo mostraram que os fatores que mais definitivamente influenciaram o resultado dos
engajamentos decisivos foram:
(1) o prévio treinamento ACM dos
pilotos e...
(2) a posição do piloto na esquadrilha
(formação) que em situações de guerra depende do nível de experiência.
O Projeto Barão Vermelho III incluíam
entrevistas com os pilotos participantes dos engajamentos analisados, Quando
questionados sobre quais foram os principais fatores que contribuíram para a
habilidade de alcançar uma postura ofensiva em um encontro ar-ar, as duas principais
respostas foram:
(1) Treinamento e experiência e
(2) Alerta e detecção.
Depois do conflito do Vietnã nenhum
outro país investiu tanto no preparo e treinamento de seus pilotos quanto os
EUA.
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domingo, 28 de julho de 2013
AIM-9X Sidewinder e seus modos de operação
Este texto é o trecho introdutório de um
manual de instruções de operação do Míssil AIM-9X Sidewinder que estou
escrevendo para meus colegas de simulação de combate, venho aqui publicá-lo
para compartilhar com os leitores do meu blog, e assim submete-lo a eventuais críticas e se preciso fazer correções necessárias. O manual final incluirá ilustrações, mais detalhes e passos de operação assim como seus chek lists.
AIM-9 Sidewinder
O Sidewinder é um míssil de interceptação aérea de curto alcance de
orientação passiva por infravermelho o que permite que seja completamente
autônomo depois da aquisição do alvo e lançamento, característica conhecida
como "dispare e esqueça".
Todo
objeto, com temperatura acima do zero absoluto, emite radiação eletromagnética
em uma faixa de freqüências conhecida como
infravermelho (ou IR do inglês
infrared), e é esta radiação que transmite o “calor”.
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domingo, 21 de julho de 2013
Seja agressivo!
Ilustração do livro "No Guts, No Glory"
Neste artigo, trago trechos de uma entrevista dada pelo Major
General Frederick C. "Boots" Blesse Piloto de caça ás da Guerra da Coréia ao site "Secrets of War" (Segredos de Guerra - SG) em 1997.
Boots voou caças a jato F-86 Sabre para a USAF,
abateu dez MiGs, Escreveu o livro "No Guts, No Glory"
(Sem coragem, não há glória) - um manual para pilotos de caça. Nesta entrevista "Boots" descreve características de um bom piloto de caça, a estrutura tática organizacional de uma esquadrilha, e detalhes sobre "No Guts, No Glory".
"Boots" Blesse em seu F-86 Sabre
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Sem coragem não há glória
quarta-feira, 10 de julho de 2013
"A maior fraqueza do radar é o operador...
...O que isto realmente significa é que a inabilidade de um radar detectar um objeto é frequentemente conseqüência do fato de o radar estar vasculhando o volume errado do céu. O controle e a operação do radar por parte do piloto (ou outro tripulante) deve ser considerado como princípio fundamental, aprendido e dominado ao nível da proficiência que permita que o APG-68 (ou qualquer outro sistema de radar) seja operado como sedo uma extensão de si mesmo. "
Tutorial de combate BVR do site Falcon4 Headquarter.
Tutorial de combate BVR do site Falcon4 Headquarter.
domingo, 23 de junho de 2013
Os erros mais comuns em manobras de combate aéreo
Aviação de combate do mundo real
Em 17 de junho de 1998 Dan "Crash" Crenshaw
entrevistou Pete Bonanni para o site "combatsim.com" (CSIM) de onde eu
extrai duas das questões mais interessantes e suas respectivas respostas para
este artigo.
Pete Bonanni (PB) piloto da Força Aérea dos Estados
Unidos (USAF) foi consultor técnico na criação dos simuladores de voo para
computadores domésticos Falcon 3 e 4. Bonanni foi piloto de F-16 na USAF e instrutor
da mesma aeronave na Guarda Aérea Nacional, alguns dos pontos fortes de sua
carreira foram o curso na Fighter Weapons School em Nellis (a "Top
Gun" da USAF) e participação no exercício Red Flag, também é autor do livro "Art of the Kill".
As duas questões abaixo se referem às manobras básicas
de combate aéreo (BFM) a curta distância à maneira clássica (limitada a canhões
e mísseis de aspecto traseiro):
Pete Bonanni em seu traje de voo, atrás um F-16 da Guarda Aérea Nacional dos Estados Unidos.
(CSIM) Quais são os erros de
manobra de combate aéreo mais comuns cometidos pelos pilotos de caça iniciantes?
(PB) O erro BFM mais comum cometidos por
novos pilotos de caça (Seja no simulador Falcon ou em caças reais) é apontar o
nariz diretamente para o alvo antes de estar pronto para atirar. Uma trajetória
de perseguição
pura (apontando diretamente no alvo) quase sempre gera uma ultrapassagem. É muito difícil para novos
pilotos de caça pensar em termos de dirigir a aeronave para outro ponto do céu
além de diretamente sobre o bandido.
Todo mundo tem uma tendência natural a
colocar o bandido no HUD e na maioria dos casos a menos que você esteja
atirando, esta é a maneira errada de pensar. Outro erro comum é tentar curvar o
jato em velocidade muito alta ou na outra extremidade do espectro - ficando
muito lento. Estes dois erros podem ser agrupados na categoria de mau gerenciamento de energia.
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domingo, 9 de junho de 2013
Top Gun
Aviação de combate do mundo real
O Conflito do Vietnã trouxe uma desagradável surpresa
para a aviação de caça dos Estados Unidos, sua relação vitória X derrota nos
combates aéreos despencou para um placar de 3 X 1 naquela guerra, muito
distante do visto na Segunda Guerra Mundial e na Guerra da Coréia de 10 X 1.*1
O Relatório Ault
Na US Navy (Marinha dos Estados Unidos) a preocupação
teve como resultado um estudo conhecido oficialmente como Air-to-Air Missile
System Capability Review - "Revisão da capacidade dos sistemas de mísseis
ar-ar", iniciado pelo Almirante Tom Moorer então
Chefe de Operações Navais que delegou este trabalho ao Capitão Frank Ault. Ault chefiou uma equipe de cinco
especialistas que analisaram o problema num período de 1965 a 1968.
A abordagem do estudo de Ault
buscava respostas para as seguintes perguntas:
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Vietnã
domingo, 2 de junho de 2013
Volume de exploração radar
uma lição para
um jovem RIO
Aviação de combate do mundo real
Aviação de combate do mundo real
"Esta é outra história de meus antigos dias
de voo no F-14."
Por Dave Baranek
Uma noite em junho de 1981 eu voaria com Holly, operando a partir do porta-aviões USS Constellation na costa da Baja California várias centenas de milhas a sudoeste de San Diego. Nós tínhamos sido brifados as 5:15 PM para um exercício de defesa aérea, uma missão comum para F-14s durante operações em porta-aviões. Naquela noite, dois bombardeiros leves A-7 seriam lançados primeiro e imediatamente voariam para o norte em alta velocidade, em seguida, curvariam em direção ao porta-aviões a200 milhas ou mais.
Holly e eu seriamos acompanhados por outro F-14 em nossa missão de defender
"Connie" e decolar alguns minutos após o A-7s. Nós daríamos a eles a dianteira com um atraso de 15 minutos, em seguida, faríamos patrulha de duas fatias
de espaço aéreo e tentar detectar o A-7s. Parecia bastante simples e não
particularmente excitante, mas você nunca sabe como um voo vai evoluir.
Por Dave Baranek
Uma noite em junho de 1981 eu voaria com Holly, operando a partir do porta-aviões USS Constellation na costa da Baja California várias centenas de milhas a sudoeste de San Diego. Nós tínhamos sido brifados as 5:15 PM para um exercício de defesa aérea, uma missão comum para F-14s durante operações em porta-aviões. Naquela noite, dois bombardeiros leves A-7 seriam lançados primeiro e imediatamente voariam para o norte em alta velocidade, em seguida, curvariam em direção ao porta-aviões a
Após o lançamento nós ficamos por cima
conforme requerido, em seguida, nos dirigimos para o norte, dividindo o espaço
aéreo em dois setores. Holly e eu ficamos responsáveis pelo setor oeste. Nesta
missão eu tinha que efetuar a busca radar do setor inteiro por minha conta
mesmo, mas com o longo alcance do radar AWG-9 e seus modos de busca
automatizados, isso não deveria ter sido nenhum problema para detectar a ameaça
entrado em nossa área.
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