quarta-feira, 30 de julho de 2014

F-35 X Su-35BM


Este texto apresenta a descrição de um hipotético combate entre um elemento de caças CF-35 canadenses contra um elemento de caças Su-35BM russos, embora este possa parecer para alguns um tanto tendencioso, é baseado em considerações que e o tornam bem provável. Este é um bom exemplo de como poderão ser os combates aéreos de um futuro próximo. A fonte original deste texto está no blog do seguinte link:

http://manglermuldoon.blogspot.com.br/2013/01/canada-and-f-35.html

Habilidade de combate do F-35 
contra oponentes de geração 4,5


F-35


A combinação de fusão de sensores, tecnologia stealth, carga de mísseis (fornecida pelo bloco 4 e mísseis CUDA*), aviônicos top de linha e manobrabilidade fazem o F-35 significativamente mais letal do que qualquer caça de geração 4,5....A maioria das aeronaves servindo nas forças aéreas dos países não-ocidentais serão aeronaves de geração 4 e 4,5 pelo menos por duas décadas (com a possível exceção da China). A Russia contará apenas com 250 caças PAK FA de 5º geração. Com atrasos e aumentos de preços, Índia cortou sua ordem de FGFA (variante indiano PAK FA) de 200 para 144 aeronave. Dependendo de restrições orçamentárias, é plausível que a Rússia também será forçada a reduzir a frota de PAK FA. Os principais adversários do F-35 provavelmente estarão entre o Su-35, Su-30MK e J-10. Dos três, sem dúvida o mais capaz é o Su-35. 




O Su-35 é um excelente caça de geração 4,5 mas é ultrapassado pelo F-35. Vamos assumir que um par de CF-35 e um par de Su-35BM façam um engajamento por volta do ano 2020. Ambas aeronaves estão armados com suas carga ar-ar padrão e o CF-35 é do bloco  3F padrão. De acordo com informações das seguintes fontes: Air Power Austrália, Global Security e a corporação RAND. O seguinte combate se mostra bastante plausível.


Um elemento de F-35 Lightining II num voo em formatura cerrada.


Dois CF-35 canadenses** estão em uma missão CAP (patrulha aérea de combate) de rotina no norte do Canadá. Uma aeronave AWACS americana identifica a penetração de duas aeronaves hostis e fornece os dados para interceptação. Os pilotos canadenses dirigem-se para interceptação enquanto compartilham informações e coordenam seus esforços perfeitamente através do MADL. Radar AN/APG-81 do CF-35 detecta a reduzida secção transversal radar de dois Su-35BM a uma distância de cerca de 75 milhas náuticas. Os pilotos de Lightning  usam seus radares APG-81 é simultaneamente rastreiam e interferem no radar dos Su-35, proporcionando dados de direcionamento de mísseis AIM-120D. Com o uso dos modos de baixa probabilidade de interceptação, os pilotos russos não sabem que estão atualmente sendo alvejados. O CF-35 líder dispara dois mísseis AIM-120D no Su-35 se aproximando. O OLS-35 dos Su-35  detecta as assinaturas de IR dos mísseis AIM-120D a uma distância de cerca de 27 milhas náuticas. Os pilotos russos curvam em direção aos mísseis, tiram proveito de seus casulos ECM (contra-medidas eletrônicas) montado na ponta da asa L005 Sorbstiya e lançam Chaff. Ambos os mísseis falham.


Um F-35 abre seu compartimento interno de armas 
para lançar um míssil BVR AIM-120

Um piloto russo registra um par de contatos radar bem fracos a 25 milhas náuticas (46,3 km) de distância e envia os dados para seu parceiro. Os russo fazem movimentos de interceptação. Ambos os Su-35 estão totalmente carregado com um mix mortal de mísseis orientados por radar de médio alcance e IR de curto alcance. Ambos os pilotos russos disparam mísseis R-77 "Adder" nos contatos de radar desconhecidos que se aproximam. Pouco depois, os dois pilotos do Su-35 identificam através de seus sistema IRST OLS-35 as aeronaves que se aproximam como sendo CF-35 hostis.


Ambos os pilotos canadenses são alertados imediatamente sobre a ameaça recebidas pelo seu sensor DAS. Os mísseis são exibidos em destaque em tempo real através do visor montado no  capacete dos pilotos canadenses. Os canadenses usam o APG-81 para interferir nos mísseis enquanto simultaneamente liberam chaff curvando em direção aos mísseis. Ambos os mísseis não conseguem atingir seus alvos. Duas novas ameaças aparecem no HMD dos canadenses, mísseis R-73 IR. Os canadenses conseguem disparar quatro mísseis CUDA 15 milhas náuticas a partir da merge antes de lançar as contra-medidas. Mais uma vez, stealth o F-35, EOTS, DAS e HMD ajudam o F-35 a derrotar os mísseis que se aproximam.


Um dos pilotos russos tem sorte e consegue se esquivar de ambos os mísseis CUDA. Seu ala consegue evadir apenas um. Apesar do impacto direto do míssil, a resistente construção de titânio do Su-35, tanques de combustível interno cheio de espuma vedante e sistemas redundantes permitem o Su-35BM ficar no ar tempo suficiente para que ele retorne para a base. O Su-35BM restantes intacto consegue contato visual com os canadenses e procede para iniciar a dogfight. O aviões inimigos passam um pelo outro na merge e curvam para ficar novamente cara-a-cara. 


Sukhoi Su-35BM/S um representante dos caças russos de geração 4,5


O Flanker altamente manobrável concede ao piloto russo muitas opções. No entanto, com sua extensa formação na Red Flag, os canadenses sabem usar as vantagens do suas aeronaves por completo, evitando erros particulares que favorecem o Flanker (por exemplo, combates em curva de alta velocidade). Usando MADL, o canadense rapidamente decide sobre um curso de ação. Localização do Flanker é continuamente rastreada pelo HMD do primeiro canadense  assim que adquire o Tom para seus mísseis AIM-9 Sidewinder X; Ele dispara. Enquanto isso, o segundo piloto canadense acelera e ganha altitude para posicionar-se para um abate de canhão.


O russo é imediatamente alertado sobre o Sidewinder a caminho. Seu IRST rastreia tanto o CF-35 como o míssil que se aproxima. Ele solta flares e usa sua excelente capacidade de manobra para tentar escapar do míssil. Cabeça de busca do Sidewinder rejeita as emissões IR de flares e continua a dirigir se para cima do Flanker usando seu próprio motor com empuxo vetorado. Ogiva de haste explosivo do Sidewinder detona no motor número dois do Flanker e o desativa. O piloto russo entra em pânico e aciona a pós-combustão no seu motor restante em um esforço para escapar. O segundo piloto canadense emerge da altitude disparar uma rajada de projéteis de  alto explosivo de  25mm com seu canhão PGU-38/U sobre o Flanker. O resultado é uma bola de fogo e estilhaços caindo em direção ao gelo abaixo.

Um F-35 ostenta o símbolo canadense em arte na calda para um evento promocional.


Este combate demonstrou os seguintes pontos chave:

- O limitado PK (probabilidade de abate) dos mísseis e o alto grau de sobrevivência que até mesmo caças de geração 4,5 têm contra mísseis.
- O desenho do Flanker apresenta alto grau de durabilidade.
- O alto grau de superioridade tecnológica, sensores do F-35 têm sobre os seus homólogos russos
- Aeronaves de caça ainda engajarão outras em alcance visual devido aos avanços Stealth
- A importância do IRST.
- A importância, muitas vezes negligenciada, da preparação e treinamento de pilotos. Pilotos de caças russos têm um requisito obrigatório de 100 horas de voo por ano. Pilotos canadenses voam mais de duas centenas de horas de voo por ano * e participam em exercícios de treinamento extensivo e realista com os pilotos da USAF.
- A importância não apenas de métodos de redução da assinatura e e emissões radar, mas também no espectro IR e comunicações furtivas.
- A importância de modos de baixa probabilidade de interceptação.
- Muitos relatos de combates reais indicam que pilotos inexperientes, muitas vezes, em pânico entram em uma tentativa de RTB (retorno à base) prematuramente ao invés de avaliar a situação de forma mais calma. 

* O míssil ar-ar CUDA é um projeto em desenvolvimento de iniciativa própria da Lockheed Martin que pretende colocá-lo na categoria dos mísseis de médio alcance, com cabeças de orientação tanto por radar ativo como Infravermelho. Sua principal característica é seu tamanho reduzido, que pelo fato de ser uma arma de impacto cinético, não conta com uma ogiva explosiva nem detonadores de proximidade, que de outra forma ocupariam um espaço significativo, tendo assim a metade das dimensões de um míssil BVR AIM-120D.



**Não há ainda um contrato formal de aquisição do F-35 por parte do Canadá, mas espera se que isto aconteça em breve.

4 comentários:

  1. O f-35 está com sérios problemas de instabilidade em voo, problemas no projeto do avião que ainda está sendo desenvolvido, quanto aos combates a curta distância uma autoridade americana já falou que eles não servem a este propósito, ou seja não estão conseguindo manter ele voando de forma estável nos testes, imagine em combate com outros aviões, sem falar que os russos e chineses já tem radares de baixa frequência que podem detectar aeronaves stealths

    ResponderExcluir
  2. O f-35 está com sérios problemas de instabilidade em voo, problemas no projeto do avião que ainda está sendo desenvolvido, quanto aos combates a curta distância uma autoridade americana já falou que eles não servem a este propósito, ou seja não estão conseguindo manter ele voando de forma estável nos testes, imagine em combate com outros aviões, sem falar que os russos e chineses já tem radares de baixa frequência que podem detectar aeronaves stealths

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. F-35 já está operando normalmente, não existe qualquer problema de concepção de projeto, apenas porblemas pontuais que são sanados naturalmente com o decorrer do desenvolvimento. Hoje o F-35 já recebeu seu IOC, podendo inclusive ser usado em combate. Problemas de desenvolvimento são inerentes a qualquer novo projeto. Quanto aos radares de baixa frequência os mesmos não podem equipar caças , ou seja, não possui valor para o combate aqui simulado.

      Excluir